Sunday, October 19, 2008

How to be an italian for a day

Domenica, il 19 Ottobbre, 2008, oops, portugês, né? Melhor! ;-)

Eu estava no hotel, aqui perto do Lago de Garda, norte da Itália, meio do caminho entre Milão e Veneza, meio de bode, talvez porque tenha dirigido bastante e visto menos do que eu queria hoje e como já era 9 da noite estava tendendo a desistir de jantar e comer alguma besteira no hotel mesmo. Foi quando de repente decidi sair. No "lobby" perguntei a mulher onde tinha um ótimo restaurante para se comer uma "pasta bonissima" e ela nem pensou muito, escreveu num papelzinho as direções para o restaurante "Gallehus", a uns 3 quilômetros daqui.

Desliguei o GPS e segui as instruções. Na escuridão dos vinhedos e das pequenas ruas locais cheguei perto de um lugar chamado "Gardaland" que é uma espécie de "Beto Carrero" local, um pouco mais adiante caí em uma outra cidadezinha e finalmente achei o restaurante. Estacionei, e fiquei uns cinco minutos sentindo a atmosfera dali, porque parecia que eu tinha voltado ao tempo, não havia qualquer sinal de modernidade além dos carros e das luminárias, o resto bastante rústico e elegante.

Fui bem recebido e levado até uma mesa em um cantinho bem agradável. Eu já sabia o que queria: um espagueti ao sugo com manjericão, um bom vinho, depois um tiramissu e um café, a receita, na minha opinião, para uma excelente saída do clima de bode e para fazer um brasileiro se sentir mais italiano.

Posso dizer que comi o melhor espagueti da minha vida! O molho estava simplesmente perfeito em relação a sabor, consistência, cor e acidez. Em uma região produtora de vinhos, o vinho da casa costuma ser ótimo e estava de fato. Enfim, foi um jantar simples e eficiente, me colocou em outro clima. Fica reforçada a conhecida dica: em qualquer lugar turístico, sempre pergunte a um local onde come-se bem.

Na volta, escuridão, frio, uma lua crescente parecendo um sol pálido sobre um plano negro e uma solidão diferente, porque enfim compreendi que estou feliz apesar de só e que isso vai ser ótimo para o futuro a dois, porque minha felicidade não dependerá da minha companheira, eu poderei compartilhar em vez de projetar nela meus sonhos, como já fiz outras vezes. Não viajei quase um mês para me encontrar, além de clichê isso seria balela, mas sabia que de certa forma encontraria algumas respostas.


1 comment:

Unknown said...

Uau! Que bacana, lindo! Experiências, vivências e felicidade! Além de auto-conhecimento e reflexão sobre a vida... Perfeito!... Acho que eu também preciso fazer uma viagem!!! rss
Beijinho!

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