Monday, September 1, 2008

Walking down the streets

Estar em cafés, como o Fran's Café, é inspirador. Você pode estar em casa, hiper concentrado e cheio de mimos ao seu redor, mas esses ambientes têm algo mais a oferecer. Nem sempre são calmos, agora, por exemplo, meu cérebro, ativado pelo bom café, está a mil captando o que dezenas de pessoas estão falando ao mesmo tempo.

Mas é em ambientes assim que alguma motivação de pensar pode surgir dentro da gente. Mesmo que seja algo trivial. Ou pensar nunca é trivial? Eu pessoalmente acho que não é. Fora que ver pessoas também pode ser motivador, cada uma com seu comportamento, seu jeito.

Mas eu estava aqui pensando sobre o caminhar nas ruas. Depois que comecei a andar de carro, caminhar nas cidades passou a ser muito eventual e com isso perdi contato com o prazer que isso pode proporcionar. Com a mudança para os EUA eu travei contato com uma cultura motorizada, onde moro não se vê pessoas caminhando nas calçadas, em muitos lugares nem calçadas há.

Claro, Nova Iorque é diferente nesse aspecto também e São Paulo é semelhante a NYC em muitos aspectos "das ruas", dependendo de onde você está.

(to be continued)

Voltei. Quando estava no Brasil há duas semanas eu fui muito ao Frans Café, primeiro porque lá tinha café bom e eu estava sentindo falta e depois porque tinha internet wireless, então eu ficava trabalhando enquanto tomava café e comia pão de queijo. Estive uma porção de vezes no Frans da norte sul e acabei descobrindo que, como eu, havia pelo menos umas seis pessoas que faziam a mesma coisa, com bastante frequência. Eles se tornaram amigos e tinham uma dinâmica diária de interação. De repente vi-me entrando para a turma deles como o "cara do macbook air que era melhor tratado pelas garçonetes". Foi engraçado, eu poderia ir até lá e não interagir, focar no propósito de estar lá, mas bastou eu divagar um pouco, observar ao redor, para descobrir que ali estava rolando um evento social.

Lugares como o Frans, ou como as ruas de Sampa ou Nova Iorque, são um prato cheio para interações, basta estar haver pessoas interessantes e pensantes que se sentem melhor perto de outras pessoas em vez do isolamento que suas casas proporcionam.

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