Está difícil encontrar tempo para escrever no mesmo dia e a razão é simples: eu finalmente entrei no fuso e com isso estou dormindo no horário (ainda bem cedo no Brasil/EUA); a grande vantagem é que estou menos cansado durante o dia, tanto que domingo acordei cedo para ir correr no Regent's park. Seis dias para entrar no fuso de 5 horas é bastante, fico pensando em quem precisa fazer isso de vez em quando e precisa estar concentrado para trabalho intelectual ou ânimo para um trabalho com performance física ou ambos como no caso de músicos fazendo concertos ou shows.
Mas eu fui correr no parque e pude sentir a energia de um Domingo londrino típico com as pessoas jogando futebol, rugby, passeando com os cachorros, caminhando, correndo, andando de patins ou sentadas ao sol admirando a linda paisagem de outono. Eu dei muita sorte porque desde que cheguei não vi chuva, esfriou alguns dias, mas todos ensolarados. Onde está a neblina londrina? O efeito estufa deu fim nela? Bom, posso estar falando bobagem porque não sei se a "London fog" é coisa que só acontece perto do rio Tâmisa. Acabo de procurar uma definição dela para corrigir essa minha última frase, mas não encontrei. Parece que ela é uma mistura da neblina natural com a neblina da poluição das chaminés e da poeira de diesel que sai dos carros, ou seja, deve acontecer mesmo em todos os lugares.
Eu me lembro da surpresa que foi ver um esquilo pela primeira vez, hoje se bobear piso em um! Mentira, eles são ágeis como pombos. O Regent's park, tenho a impressão não confirmada pelo Google, que é mais ou menos do tamanho do Ibirapuera, mas, pelo menos para uma manhã de Domingo de Outono, ele não é tão movimentado quanto o parque paulistano, apesar de incomparavelmente mais seguro e limpo.
Tirei a tarde para me mudar o hotel para o hostel perto do Hyde Park. Decidi abrir mão de conforto para ficar mais próximo de gente e no post de amanhã falo sobre minha impressões. No final da tarde fiz mais uma aventura de metrô para ir a um concerto da London Symphony Orchestra (LSO) no Barbican Hall, um espaço invejável para cultura, com biblioteca, teatro, sala de concerto, vares, restaurantes, centro de convenções. E ao redor do complexo, casas e escritórios. Eu moraria fácil ali, tudo perto e o metrô ao lado!
Gostei bastante do concerto, apesar de não conhecer muito a obra de Prokofiev. Mas LSO é LSO, qualquer coisa que eles apresentarem será com bastante virtude. O concerto será transmitido online pela BBC aqui a partir do dia 27/10.
Mas vou dizer o que mais gosto nos concertos de música clássica! Eu gosto mesmo do ritual, do público fiel, que sabe e respeita o ritual. Acima de tudo eu gosto do momento em que a orquestra sai disso:
para isso, quando primeiro vionilista dá o tom:
Eu jantei ali mesmo no Barbican, o restaurante é muito bacana e foi a primeira vez que comi cordeiro, muito comum aqui em Londres. Segundo a dieta do grupo sanguíneo, que tento seguir e sobre a qual falarei uma hora dessas, essa á a carne que eu deveria comer. Estava muito boa, tinha um molho de menta, ficou uma mistura interessante, mas eu confesso que tenho algum bloqueio para comer carnes diferentes, as primeiras garfadas são cheias de hesitações como se a eu pudesse de repente descobrir o gosto da carne humana. Credo, espero superar isso de vez um dia! Com cordeiro acho que já consegui...
No comments:
Post a Comment